• Daniel Goleman
  • 10.03.2024
  • Por Christine Salomão

Inteligência emocional: o sucesso depende da sua capacidade de identificar sentimentos

O psicólogo e pesquisador de Harvard, Daniel Goleman, considerado “o pai da inteligência emocional”, diz que praticamente todas as situações que enfrentamos no trabalho (e na vida pessoal) são envolvidas pelos relacionamentos humanos. Por isso, o sucesso ou insucesso de cada indivíduo depende da capacidade que ele tem de identificar seus próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos”.

Para Goleman, “pessoas com qualidades de relacionamento humano — como afabilidade, compreensão e gentileza — têm mais chances de alcançar o sucesso”. Em seu livro: Inteligência Emocional – a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente –, o pesquisador mostra ao citar vários casos, que a incapacidade de lidar com as próprias emoções pode fazer com que fracassemos na vida escolar, na profissional e até destruir vidas.

Ele afirma ainda no livro que o fracasso e a vitória não são determinados por uma loteria genética e descreve com maestria as cinco habilidades-chave da inteligência emocional. Veja abaixo :

– Autoconhecimento emocional (capacidade de reconhecer as próprias emoções e sentimentos)

– Controle emocional

– Automotivação

– Reconhecimento das emoções em outras pessoas

– Relacionamentos interpessoais

 

Daniel Goleman: três tipos de empatia

Em entrevista publicada na Harvard Business Review Brasil: O que o Dalai Lama ensinou a Daniel Goleman sobre inteligência emocional”, Goleman explica que “três tipos de empatia são importantes para a inteligência emocional: empatia cognitiva, a capacidade de entender o ponto de vista de outra pessoa; empatia emocional, o talento de sentir o que o outro está sentindo; e preocupação empática, a habilidade de perceber o que o próximo precisa de você. Cultivar todos os três tipos de empatia, que têm origem em partes distintas do cérebro, é importante para estabelecer relacionamentos sociais.  Mas compaixão leva a empatia mais além. Quando você sente compaixão, sente-se angustiado quando vê outra pessoa angustiada — e por isso quer ajudá-la”.

No ambiente de trabalho, acrescenta Goleman, “essa atitude tem um efeito muito positivo, seja no modo como nos relacionamos com colegas, na maneira como nos portamos quando lideramos, ou ainda na forma como nos relacionamos com clientes e consumidores. Uma atitude positiva em relação a outra pessoa cria o tipo de ressonância que estabelece confiança e lealdade e faz com que as interações sejam harmoniosas. E o oposto disso — quando você não faz nada para demonstrar que se preocupa — cria angústia, desarmonia e causa um enorme problema em casa e nos negócios.”

Por isso, precisamos estar sempre atentos aos sinais que nossos colegas nos dão durante o trabalho e, principalmente, ao percebermos uma mudança de comportamento de algum deles. Às vezes, uma falta de entusiasmo na execução de um projeto pode ser uma preocupação com um filho que está doente e a maioria das pessoas não gosta de mostrar fragilidade. Afinal, o que mais escutamos no mundo dos negócios é: “ao passar por aquela porta, deixe os seus problemas lá fora”.

Mas se separar a vida profissional da pessoal não é uma tarefa fácil, imagina agora com os avanços da tecnologia na era digital (e até mesmo em função da pandemia), que está fazendo com que as empresas adotem cada vez mais o home office. E esse certamente será um caminho sem volta, pois o futuro é o mundo virtual.

Se você gostou da matéria, compartilhe nas redes sociais.

Fale com a autora via Linkedlin: Christine Salomão