• Estratégia e Inovação
  • 28.01.2024
  • Por Christine Salomão

Porque temos tanto receio da Inteligência Artificial?

A maioria das pessoas hoje tem receio quando o assunto é inteligência artificial (IA). O que parece compreensivo, pois as máquinas certamente irão substituir os homens e farão tudo o que eles fazem de uma forma melhor. Mas para Kai-Fu Lee – um dos maiores especialistas em inovação tecnológica do planeta – a IA mudará apenas a  forma como trabalhamos hoje.

Em seu livro: Inteligência Artificial, Kai-Fu Lee – que foi presidente da Google China – explica que “as máquinas, aplicativos e softwares reduzirão as jornadas de trabalho, além de gerar mais renda”. Desta forma, as pessoas terão mais tempos para se dedicarem ao lazer e as atividades ligadas às artes.

Quando esteve no Brasil em 2019, Lee afirmou em várias entrevistas que a IA irá mudar o mundo radicalmente, “mais até do que a eletricidade. Mas existe uma sabedoria humana que sempre supera as revoluções tecnológicas”. O desafio, de acordo com ele, é que 40% dos empregos irão acabar em cerca de 20 anos.

Por outro lado, Lee argumenta que outras profissões serão criadas para atender às necessidades de um mundo cada vez mais digital. Já as profissões de contato humano (área médica, por exemplo), na visão do autor, serão super valorizadas, pois nenhuma máquina (por melhor que seja) conseguirá sentir empatia. “Os robôs são capazes de fazer uma coisa de cada vez, mas não têm sentimentos. Eles não podem criar e amar”, ilustra o autor.

Para Lee, a Inteligência Artificial também é de grande valia porque poderá resolver alguns dos maiores problemas do mundo: miséria, desigualdade social e acesso à educação.

Inteligência artificial: foco é ajudar as pessoas e não afastá-las

Em artigo publicado na Harvard Business Review Brasil: “A melhor forma de adotar a IA”, Andrew Wilson, CIO da Accenture até janeiro de 2020, afirmou que: “Quanto maior for o foco organizacional na colaboração mútua entre as pessoas e a IA, maior será o valor alcançado”.

Segundo ele, no que diz respeito aos principais aspectos da produtividade e gestão, a Accenture descobriu que o número de empresas que usam a IA para de fato ajudar as pessoas, e não para substituí-las, supera significativamente o das que não estabelecem esse objetivo (ou não são claras sobre suas metas em relação à IA).

Machine Learning: o primeiro pilar da IA

Para entendermos melhor como funciona na prática a IA, vamos definir primeiro o que é Machine Learning (ML). De acordo com o  Google: “a ML é uma área da IA onde é possível criar algoritmos para ensinar uma determinada máquina a desempenhar tarefas.”

Atualmente, o sistema já é usado por muitas empresas para monitorar as ações dos clientes na web, o que ajuda na elaboração de uma estratégia de marketing digital mais assertiva. Ou seja, tudo o que você pesquisa no Google, por exemplo, serve de alimento para as empresas te conhecerem melhor.

Mas mais do que isso, ao interpretar os dados disponíveis hoje, uma companhia consegue fazer previsões sobre o mercado no futuro (desenvolvimento, por exemplo, de produtos e serviços que atendam às necessidades e desejos dos consumidores). Por isso, a IA beneficia e muito as empresas na tomada de decisão.

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