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  • 26.06.2022
  • Por Christine Salomão

Novas gerações preferem desemprego a infelicidade no trabalho

As novas gerações preferem desemprego a infelicidade no trabalho. Foi o que sinalizou um estudo global feito pelo Workmonitor, da consultoria Randstad. Segundo dados da pesquisa, que ouviu 35 mil profissionais em 34 mercados, “cerca de 56% da geração Z e 55% dos millennials disseram que deixariam o emprego se isso interferisse em suas vidas pessoais.”

“Nossas descobertas devem servir como um alerta para os empregadores. Há uma clara mudança de poder em andamento à medida que as pessoas repensam as prioridades”, disse Sander van ‘t Noordende, CEO global da Randstad, em comunicado reportado pela Business Insider.

Apesar de não aceitarem uma vida sem propósito, a pesquisa mostrou que “70% dos profissionais estavam abertos a novas oportunidades de emprego. Deste total, 32% da geração Z e 28% dos millennials relataram que estavam procurando emprego. Além disso, 49% estavam confiantes em encontrar um novo emprego rapidamente se fossem demitidos ou saíssem dos seus atuais trabalhos”.

Vale ressaltar que um estudo realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) aponta que a geração Z já representa 31,5% da população, que são os nascidos entre 1997 e 2009. Como chegaram ao mundo em plena era digital, sabem lidar muito bem com as novas tecnologias. E já puderam usufruir de modelos de negócios antes impensáveis, como o da Uber (fundada em 2009), que revolucionou todo um setor.

Isso faz com que a geração Z entenda que outras formas de trabalho mais flexíveis são viáveis e que é possível fazer diferença no mundo quando se trabalha com propósito. Diferente dos profissionais de gerações anteriores, que buscavam estabilidade e melhores salários.

Novas gerações: como as empresas podem se tornar mais atrativas

Para reter e atrair novos talentos, as organizações precisam entender quais são as prioridades dos jovens atualmente ao buscarem um trabalho. E foi justamente essas respostas que a pesquisa da consultoria Randstad foi buscar. Confira alguns destaques abaixo:

71% dos entrevistaram disseram que a capacidade de trabalhar de qualquer lugar era importante para eles, mas 53% achavam que não tinham essa flexibilidade em suas funções atuais;

A maioria dos jovens respondeu que quer trabalhar em empresas cujos valores estejam em sintonia com seus valores pessoais;

Pacotes de benefícios estão na lista de prioridades desses novos talentos (22% dos entrevistados empregados receberam um aumento nos benefícios, incluindo assistência médica, e 25% receberam treinamentos);

Diversidade e inclusão também são prioridades para os jovens: 49% da geração Z e 46% dos millennials disseram que não querem trabalhar para uma empresa que não esteja fazendo esforços nessa área.

Propósito

Um dos pontos altos da conclusão dessa pesquisa é que “a maioria dos trabalhadores quer estar em empresas cujos valores e perfil de liderança estejam em sintonia com seus valores pessoais e com as novas demandas da sociedade.” Isso só reafirma que o engajamento entre os times se dará pelo propósito.

Mas para que essa comunhão aconteça, cada colaborador tem que estar em sintonia com o negócio, que é o chamado fit cultural. Ou seja, a capacidade de uma pessoa de se adaptar aos princípios de conduta e abraçar o propósito de uma organização.

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